Imagine um grupo de “super-heróis” denominados como Os Sete, cada um com poderes e habilidades distintas, amados e aclamados como celebridades, adorados e cultuados como deuses, mas esses superpoderosos escondem segredos. Tutelados por uma empresa multimilionária que administra suas ações e os acobertam quando algo de errado acontece, esses semideuses terão que lidar com um grupo de pessoas que estão decididos a desmascarar e destruir esses tais heróis.
A série que já foi renovada para uma segunda temporada, está disponível na plataforma de streaming Prime Video da Amazon, baseada nas HQs de Garth Ennis (Preacher) a série traz um olhar peculiar para o já desgastado gênero de cinema e TV de super-heróis, é uma sátira direta aos personagens da Liga da Justiça (DC Comics) que retrata uma visão distorcida de toda construção e personalidade heroica, moral e altruísta dos heróis convencionais, provocando uma reflexão pertinente, sobre como de fato pessoas ou seres com poderes e habilidades excepcionais se comportariam diante de nós pobres mortais.
Desde o primeiro episódio o autor da história já deixa bem evidente que a construção estética e visual dos personagens é tão somente um arquétipo, propositalmente elaborado para ser subvertido em toda sua essência, não bastasse as personalidades egocêntricas e narcisistas, nossos heróis ainda lutam para manterem suas reputações, em um mundo que os vê como verdadeiros deuses entre os homens. E tudo transcorria muito bem na vida heroica de nossos personagens, até que um belo dia o velocista conhecido como Trem Bala atropela e desintegra de maneira violenta a noiva de um distinto vendedor de eletrônicos, sem uma justificativa plausível e tratado apenas como um acidente de percurso, o jovem desolado pela morte da amada ainda é persuadido a aceitar uma quantia em dinheiro para que não leve adiante a queixa contra a morte da parceira.
Pseudocelebridades disfarçadas de heróis
Aos poucos um grupo de pessoas distintas e que de alguma forma tiveram suas vidas cruzadas com Os Sete, se juntam para reparar e desconstruir a imagem dos heróis, contudo vão ter que lidar com toda uma opinião e imagem heroica construída por anos, assistidos por uma poderosa companhia a Vought, presidida pela ambiciosa Madelyn Stillwell brilhantemente vivida por Elisabeth Shue.
A premissa do grupo e destruir a companhia por dentro, esmiuçando e trazendo seus segredos à tona, embora nos bastidores algo já é sabido sob a personalidade dúbia desses super seres. O grupo é liderado por um ex-agente da CIA Billy Butcher (Karl Urban) que se destaca como um líder obstinado e inescrupuloso, que vai unir forças com seus companheiros para pôr fim a farsa das pseudocelebridades disfarçadas de heróis.
Essa primeira leva de episódios agrada pelo tom e ritmos constantes, histórias e enredos inusitados, pitadas de humor negro, e pela constante desconstrução da ideia de que heróis são essencialmente bons ou que possuem senso de moral e empatia, uma sátira muito bem montada na contramão do que vem sendo convencionado no gênero de super-herói, sem muitas cenas de ação ou grandes tomadas em CGI, o objetivo aqui é retratar de forma sarcástica e irônica situações particulares e isoladas da vida dos “heróis” embora muitas cenas e situações possam soar de forma impactante e aterradora, mas elas servem tão somente para ilustrar o quão terrível seria se nossos convencionais super-heróis usassem seus poderes para o mal.
Por Ricardo França
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